sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Para refletir:

Segue um texto publicado originalmente em : http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/1477459
O objetivo é provocar sua análise. Observe, Analise, Comente! 

Não se engane, preconceito não existe !

Não existem preconceitos de credo, raça , cor, religião, gênero, preferências sexuais ou qualquer outro. Isto é uma afirmação! Convido-o a uma reflexão e espero convencê-lo de que nunca conheceu alguém ou foi preconceituoso em toda sua vida.


Vamos a idade média. Os feudos nada mais eram que uma forma de proteção de uma pequena elite que para sobreviver impôs grandes muralhas de isolamento, criou símbolos de identificação, regras e inventou que eram importantes e melhores que outros. Alguém que não era ninguém, se impressionou com esta imagem e decidiu que para ser alguém necessitava fazer parte deste grupo, esse o acolheu por necessitar de uma linha de frente braçal para proteção e produção. Para os de fora deste grupo "feudo" o ninguém que agora era alguém havia adquirido um certo grau de importância, porém dentro de seu próprio grupo continuava sendo ninguém para alguém , formando-se uma escala de importância para se alcançar o posto do alguém supremo.


Agora, coloque-se como o alguém ou ninguém dentro de seu convívio social, identifique os que despreza e outros que admira e deseja ter o prazer e as vantagens de sua proximidade. Mas como fazer isso sem estampar aos outros os erros dos "ninguéns" e as vantagens dos "alguéns"?
Se o grupo admirado é multirracial, você apontará a crença como defeito, se é unirracial apontará a raça como defeito, se primam por um comportamento tradicional o defeito dos outros será o comportamento não tradicional, e assim segue, pois sempre se pode ver defeitos nos " ninguèns" .


O animal humano utiliza seus instintos de sobrevivência sem perceber, quanto mais restringimos nosso grupo de convivência perpetuamos nossa predominância genética e cultural, esta é a intenção e origem de todo separativismo, preconceito ou segregação e para isso, localizamos sempre uma divergência de pensamento, comportamento ou aparência.


Exercite seu poder de discernimento e confirme que nunca conheceu ou foi preconceituoso em sua vida, e sim um ser inseguro que sem objetivos nobres por quais lutar, luta contra seus iguais para permanecer em lugar supostamente mais cômodo, utilizando-se de seus instintos de sobrevivência sem questioná-los. Pode-se ser hipócrita, inseguro, mas preconceituoso nunca.


Animais que somos! como podemos nos segregarmos assim sem usar o intelecto. Somos a única raça animal que filosofa e ao mesmo tempo se comporta de maneira mais primitiva que os outros.


Todas as correntes religiosas ou não, indicam a horizontalidade como saída para o desenvolvimento coletivo dos humanos terrestres. Devemos ser complementares e não oponentes.


As mazelas de nosso mundo existirão enquanto as diferenças drásticas de sobrevivência forem tão aparentes e a falta de respeito às diferenças do individuo tão menosprezadas.


Faça parte de um TODO, some-se ao TODO, pense grande, seu grupo restrito é um feudo que tem a existência limitada e definida. Dê-se a chance de crescimento mental, social, espiritual e físico; abra-se ao novo; conviva com culturas, idéias, comportamentos, aparências diferentes. Tenha objetivos nobres, inclusivos, comece transformando em seu conceito os "ninguéns" de seu feudo em "alguéns" e, não rebaixe os "alguéns" pois, o objetivo é o desenvolvimento e evolução.


Não acredite em qualquer movimento que prega a igualdade e pratica a segregação social, a maioria deles querem que seus feudos sejam o mais importante e não igual ao outro. São movimentos que desejam deixar de ser ninguém para ser alguém transformando o alguém em ninguém. Sejamos complementares não substitutivos. Eliminemos os ninguéns nivelando, equalizando, nos complementando.

Pense e reflita, existe preconceito?


Nelson Cavalcante
Publicado no Recanto das Letras em 09/03/2009
Código do texto: T1477459

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